EDUCAÇÃO EM HEITORAÍ

 

Heitoraí foi palco de grande acolhida dos migrantes que deixaram sua Terra Natal como: nordestinos, mineiros, paulistas dentre outros. Os quais vieram na utopia de se instalar em terras férteis e conseguir melhores condições de sobrevivência.

Um fato bastante destacável em relação a esses migrantes é que tinham grande preocupação com o processo educacional de seus filhos. Apesar daquela época não haver nenhuma infra-estrutura para atender as crianças.

Podemos afirmar que a educação em Goiás foi quase inexistente, havia poucos professores.

Praticamente não existiam escolas, considerando o número de habitantes. A população em idade escolar que recebeu qualquer tipo de instrução nesta época não atingia nem a metade dos educandos.

O povo já sentia a educação como uma obrigação imprescindível. Apesar dos pais não terem tempo para os filhos e estes após certa idade serem aproveitados na lavoura. Já havia certa preocupação em relação à educação dessas crianças.

Nas colônias não havia escolas, quem quisesse estudar tinha que ir para outra cidade ou, pagar professores, que ficavam hospedados na casa do aluno.

Nas colônias menores havia o acordo dos colonos para pagar alguém para ensinar, geralmente eram só professoras; homens professores era muito raro.

Muitos anos depois foi construído um rancho de palha de bacuri, para funcionar uma escola na fazenda Mendonça. A escola funcionava em condições precárias, não oferecia aos alunos nenhuma segurança:

 

“... Eu estudei na escolinha da colônia velha dos Mendonça, a escola ficava na beira da estrada, sujeita a ser atacada por doentes mentais, que perambulavam pelas estradas...” (Ismael. Ex. Aluno).

 

As aulas eram ministradas do pré-escolar a 4ª série, com um número muito elevado de alunos, mas em compensação, os pais participavam na vida escolar dos filhos.

  

“Comecei a dar aulas, pela prefeitura, na colônia Mendonça, com apenas quinze anos de idade. Nesse tempo eu só tinha a 4ª série primária... eu era apenas uma criança, mas consegui atingir meus objetivos” (Professora Adivarci Honório Ferreira).

  

Nas duas colônias maiores a escola era mantida pela prefeitura de Itaberaí.

Em 1957, quando o nosso município ainda pertencia a Itaberaí, foi construído o primeiro grupo escolar, através de esforços do então prefeito Sr. Balduino da Silva Caldas, com o nome de Grupo Escolar “Coronel João Caldas”, hoje Escola Estadual “Olavo Costa Campos”.

Com essa iniciativa com o passar dos anos foram construído, mais duas escola em Heitoraí o Colégio Estadual Dom Abel e o Colégio Estadual Joaquim Teodoro de Souza, atualmente Heitoraí conta com 03 Unidades Estaduais e 03 Municipais sendo as municipais a Escola Municipal Pedro Xavier, Centro Educacional Benedito Pereira de Souza e Creche Municipal Vovó Sinhana.

Vários professores merecem referência por terem sido pioneiros na educação de Heitoraí, entre eles podemos destacar: Sônia Fernandes Pontes, Jorge Antenor Camilo, Maria de Lourdes Crisóstomo, Geni Ferreira Borges, Enilson Alves de Souza, Germana (Dona Nega), Laurinda, Maria Augusta, Maria Amaral, Normi, Cleuza (Tia Cleuza), Livani, Lindenaide, Celenita, João Borges, Dona Joaninha, Isabel, Lourdes Maria, Advarci Honório, Dorival, Vagner, Antonieta (Dona Tita), Ozária, Áurea Castilho, Ivete, entre outros que com certeza muito ajudou na formação escolar e acadêmica da população heitorainse.